O Ensino Médico no Brasil: Origens e Transformações
Nedy M. B. C. Neves, Flávia B. C. S. Neves, Almir G. V. Bitencourt
Resumo
Este estudo faz um recorte histórico pelo ensino médico brasileiro, descortinando sua identidade, dimensão e estruturação. Antes da criação das escolas médicas brasileiras, os interessados em estudar Medicina complementavam seus estudos na Universidade de Coimbra, em Portugal. Com a chegada da família imperial ao Brasil, dá-se inicio ao ciclo universitário, quando foram fundadas as primeiras escolas médicas brasileiras. Neste contexto, o currículo foi importado sem avaliar as especificidades locais. A partir de então, muitas reformas foram realizadas no ensino médico brasileiro, sendo a Reforma Flexner a
principal responsável pelas transformações nesta área, importando o modelo cientificista e desvalorizando o humanista. Esta abordagem foi responsável pela especialização precoce, além de ser individualista e hospitalocêntrica. O paradigma flexneriano fragmentou o conhecimento, dificultando a visão do paciente no seu conjunto. Surgiu, então, o paradigma da integralidade buscando contrapor-se ao paradigma flexneriano, enfatizando mais a saúde do que a doença, buscando analisar o doente e não a doença e agregando valores para a humanização da Medicina. Outro avanço foi no campo da educação médica voltada para o aluno que se torna o centro do ensino-aprendizagem. Vale ressaltar que este novo modelo, apesar de enfatizar o lado humanista, deve dialogar com as novas descobertas científicas contemporâneas, tornando-se parceiros. Todos estes saberes devem estar atrelados para formatar um caminho harmônico. Este compromisso está contemplado no eixo da proposta do Ministério da Educação que define o perfil almejado para o médico(a) brasileiro(a) como cidadão ou cidadã de atitude ética, de formação humanística e consciência de responsabilidade social.
Palavras-chave: educação médica, escolas médicas, história da Medicina.
principal responsável pelas transformações nesta área, importando o modelo cientificista e desvalorizando o humanista. Esta abordagem foi responsável pela especialização precoce, além de ser individualista e hospitalocêntrica. O paradigma flexneriano fragmentou o conhecimento, dificultando a visão do paciente no seu conjunto. Surgiu, então, o paradigma da integralidade buscando contrapor-se ao paradigma flexneriano, enfatizando mais a saúde do que a doença, buscando analisar o doente e não a doença e agregando valores para a humanização da Medicina. Outro avanço foi no campo da educação médica voltada para o aluno que se torna o centro do ensino-aprendizagem. Vale ressaltar que este novo modelo, apesar de enfatizar o lado humanista, deve dialogar com as novas descobertas científicas contemporâneas, tornando-se parceiros. Todos estes saberes devem estar atrelados para formatar um caminho harmônico. Este compromisso está contemplado no eixo da proposta do Ministério da Educação que define o perfil almejado para o médico(a) brasileiro(a) como cidadão ou cidadã de atitude ética, de formação humanística e consciência de responsabilidade social.
Palavras-chave: educação médica, escolas médicas, história da Medicina.
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