Gazeta Médica da Bahia, No 3 (144)

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OSTEONECROSE DA CABEÇA FEMORAL NA ANEMIA FALCIFORME

Gildásio Daltro, Daniel F. de Alencar, Uirassu Batista Sobrinho, Alex Guedes, Vitor Antonio Fortuna

Resumo


O objetivo do estudo foi descrever os dados demográficos associados ao diagnóstico de osteonecrose do quadril em
portadores de doença falciforme (DF). Foram revistos os prontuários de 53 pacientes atendidos no Ambulatório de
Ortopedia e Traumatologia do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos – Universidade Federal
da Bahia, no período compreendido entre Janeiro e Junho de 2009, média de idade de 27,3 ± 11,4 anos (8 a 47 anos)
e distribuição semelhante entre os sexos (52,8% masculinos e 47,2% femininos). O diagnóstico de DF foi confirmado
pelo teste de falcização e eletroforese de hemoglobina, sendo 39,6% dos casos heterozigotos tipo SC, 54,7% homozigoto
do tipo SS e 5,7% ?-talassêmicos. A osteonecrose do quadril foi diagnosticada mediante avaliação radiográfica
(incidências em AP da bacia e perfil das articulações coxofemorais). Dezenove pacientes (35,8%) apresentaram
necrose da cabeça femoral, dez (18,8%) classificados na fase III e nove (17%) pacientes em fase IV de Ficat & Arlet;
quanto ao lado acometido observamos 13,2% dos casos à direita, 9,4% à esquerda e em 13,2% o acometimento foi
bilateral. Observamos osteonecrose em 48% das mulheres e em 25% dos homens; em 24,1% dos pacientes SS; em
47,6% dos pacientes SC e nos 66,7% dos ?-talassêmicos. Concluímos que pacientes com doença falciforme evoluem
com altas taxas de necrose da cabeça femoral, principalmente no sexo feminino e em pacientes ?-talassêmicos.
Palavras-chave: anemia falciforme, osteonecrose, quadril.

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