Gazeta Médica da Bahia, No 2 (142)

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PROVAS DE FUNÇÃO PULMONAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM ASMA

Gustavo F. Wandalsen

Resumo


Apesar de subutilizadas, as provas funcionais são muito úteis no seguimento objetivo de crianças com asma, podendo avaliar e documentar o impacto de intervenções terapêuticas e de alterações com a evolução da doença. Nas crianças maiores, a espirometria é a principal prova empregada. O VEF1, principal parâmetro obtido, se correlaciona com a gravidade da doença, risco de crises e necessidade de hospitalização em exacerbações. Contudo, a sensibilidade do teste é maior quando todos os parâmetros são avaliados em conjunto. Aumento igual ou superior a 7% no VEF1, em relação ao valor previsto, indica resposta positiva aos broncodilatadores, sendo a reversibilidade brônquica uma das principais características da asma. As avaliações do pico de fluxo expiratório podem auxiliar no manejo dos asmáticos, mas são pouco sensíveis na detecção de obstrução brônquica. Testes de broncoprovocação, mais empregados na investigação clínica, mensuram o grau de hiper-responsividade brônquica. Esses testes podem contribuir no diagnóstico de casos atípicos de asma e na definição da gravidade da doença. Crianças maiores de seis anos habitualmente são capazes de realizar tais testes. Boa parte das crianças menores, entre dois e seis anos, quando bem instruídas, também o fazem. Nos últimos anos houve grande avanço na padronização dos testes de função pulmonar em lactentes. Esses exames, ainda restritos a centros especializados, forneceram valiosa contribuição para o entendimento das doenças respiratórias de crianças.
Palavras-chave: Função pulmonar, espirometria, asma, pico de fluxo expiratório.

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