Gazeta Médica da Bahia, No 2 (140)

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Tratamento das Hepatites B e C no Paciente Transplantado Renal

Renata de Mello Perez

Resumo


Em transplantados renais com anti-HCV ou HBsAg positivo, o tratamento está indicado nos casos que apresentam evidências de replicação viral e padrão histológico de hepatite crônica com atividade necro-inflamatória e fibrose septal. O tratamento também está indicado nos pacientes com reativação da hepatite B após o transplante renal. Até o momento, a lamivudina tem sido a principal droga utilizada para o tratamento da hepatite B em transplantados renais. O adefovir pode representar uma opção para os casos com resistência à lamivudina. Nestes casos, é fundamental manter cuidadosa monitorização da função renal para detecção precoce de eventual nefrotoxicidade. O entecavir poderá representar uma melhor opção terapêutica para o tratamento inicial de transplantados renais, devido ao menor risco de nefrotoxicidade e de resistência ao tratamento. Entretanto, a experiência com o uso de adefovir e entecavir nesse grupo específico de pacientes ainda é muito limitada. Não está estabelecido o tratamento da hepatite C em transplantados renais. A ribavirina pode ser uma alternativa terapêutica para os casos com maior gravidade histológica. Nos casos em que for utilizada, é fundamental monitorizar os níveis de hemoglobina. A ribavirina não deve ser administrada quando o clearance creatinina for menor que 50mL/min.
Palavras-chaves: hepatite B, hepatite C, transplante renal.

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