Gazeta Médica da Bahia, No 1 (143)

Tamanho da fonte:  Menor  Médio  Maior

AÇÃO PROTETORA DA CALENDULA OFFICINALIS (ASTERACEAE; COMPOSITAE) SOBRE A ATIVIDADE MIOTÓXICA DO VENENO DE BOTHROPS LEUCURUS (SERPENTES; VIPERIDAE)

Yukari F. Mise, Luciana L. Casais-e-Silva, Rejâne M. Lira-da-Silva

Resumo


Objetivamos verificar a ação protetora da Calendula. officinalis sobre a atividade miotóxica do veneno da Bothrops leucurus, in vivo, em camundongos, através da liberação da creatina quinase (CK) e análise histológica. Foi feita a incubação prévia do veneno com o extrato aquoso de C. officinalis. Após 20 minutos, foi feita a inoculação intramuscular in vivo (50 ?L) dessa solução em músculo gastrocnêmio posterior direito. Outro método foi à inoculação de veneno (50um/mL) e subseqüente aplicação tópica do extrato aquoso no membro previamente depilado de camundongos. Colheu-se o sangue por punção orbital 1, 3, 6, 12 e 24 horas após a injeção. Separou-se o plasma e determinou-se a atividade da CK utilizando o teste CK-NAC Liquiform (LABTEST Diagnóstica®). Para análise histológica, o músculo foi removido, fixado em formol (10%) e processado. A liberação da CK e a lesão histopatológica se mostraram diminuídas em animais tratados com C. officinalis, tanto topicamente quanto com a incubação. A inoculação do veneno incubado com C. officinalis sugere que existe alguma fração anti miotóxica no extrato aquoso, uma vez que este inibiu o aparecimento de lesões musculares após a inoculação do veneno de B. leucurus e induziu regeneração muscular.
Palavras-chave: Bothrops. Bothrops leucurus. Miotoxicidade. Histopatologia. Calendula officinalis. Fitoterapia.

Texto Completo: PDF