Gazeta Médica da Bahia, No 1 (143)

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MORBIMORTALIDADE POR OFIDISMO NO NORDESTE DO BRASIL (1999-2003)

Rejâne M. Lira-da-Silva, Yukari F. Mise, Tania K. Brazil, Luciana L. Casais-e-Silva, Fernando M. Carvalho

Resumo


A morbimortalidade por ofidismo no Nordeste Brasileiro no período 1999-2003 é descrita em um estudo ecológico exploratório do tipo misto. Os dados de ofidismo foram obtidos no SINAN (Sistema de Informações de Agravos de Notificação), vinculado ao Ministério da Saúde. No Nordeste, neste período, foram notificados 15.345 casos, média de 3.069 casos por ano. Destes, 8.599 casos ocorreram na Bahia, resultando em uma incidência média de 13,16 casos de ofidismo a cada 100.000 habitantes. Foram registrados 57 óbitos na Região Nordeste, com letalidade geral de 0,37%. A letalidade variou substancialmente nos diferentes Estados, sendo máxima no Rio Grande do Norte (8,52%), o que corresponde a 23 vezes a média do Nordeste (0,4%). Na Bahia, a letalidade foi muito baixa (0,16%). A distribuição desigual dos acidentes ofídicos no Nordeste está possivelmente relacionada à subnotificação. A presença de Centros de Intoxicação e Núcleos de Ofiologia parecem propiciar melhor notificação e acompanhamento, como nos estados da Bahia e Paraíba que apresentaram elevadas incidências e baixa letalidade. O crescente número de casos de acidentes ofídicos registrado no Nordeste do Brasil indica melhoria na cobertura do SINAN.
Palavras chave: Serpentes. Acidente Ofídico. Morbidade. Mortalidade. Letalidade.

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