Gazeta Médica da Bahia, No 2 (142)

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A “ESCOLA TROPICALISTA” E A FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

Ronaldo Ribeiro Jacobina, Leandra Chaves, Rodolfo Barros

Resumo


Este artigo faz uma análise histórica do relacionamento entre a Faculdade de Medicina da Bahia (FMB) e a Escola Tropicalista da Bahia. Essa “associação de médicos” - denominada pelo memorialista Pedro Nava, quase um século mais tarde (1949) como “escola tropicalista” - editou uma das primeiras revistas médicas no país, a Gazeta Médica da Bahia (GMBahia), fundada em 1866 e de longíssima duração. Ela é considerada um patrimônio cultural da história médica brasileira. Três doutores estrangeiros - John Paterson, Otto Wücherer e Silva Lima – fazem parte do núcleo original dessa associação e nenhum deles pertencera à FMB. Baseado neste fato, alguns autores consideraram a existência de uma ruptura ou, pelo menos, um distanciamento entre as duas instituições médicas. De fato, a “associação de médicos” nunca fez parte de FMB, porém, alguns docentes da faculdade estavam entre os fundadores da “escola tropicalista” e da GMBahia: Antonio José Alves, Januário de Faria (autor da idéia do periódico), Virgílio Damásio (1° Diretor) e um estudante, Pacífico Pereira, que depois se tornou o diretor mais perene da revista. Outros docentes da FMB foram redatores e, com regularidade, muitos de seus membros publicaram sua produção científica nesta revista. O conhecimento desta relação pelas novas gerações é, neste momento, muito oportuno, diante da comemoração dos 200 anos da escola mater da medicina no país, particularmente, porque é a FMB que se tornou herdeira do maior patrimônio histórico deixado pela “escola tropicalista”, a revista Gazeta Médica da Bahia, fênix sempre renascida da literatura médica brasileira.
Palavras-chave: História da Medicina. Escola Tropicalista Baiana. Gazeta Médica da Bahia.

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