Gazeta Médica da Bahia, No 2 (142)

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IMUNOPATOLOGIA E REMODELAMENTO NA ASMA GRAVE

Thais Mauad, Marisa Dolhnikoff, Diógenes Seraphim Ferreira, Silvia de Magalhães Simões, Adelmir Souza-Machado

Resumo


Os mecanismos inflamatórios da asma grave são heterogêneos e distintos da asma leve e moderada e as vias aéreas destes pacientes possuem alterações estruturais marcantes conhecidas como remodelamento. Há persistência da inflamação nas vias aéreas, com maior presença de neutrófilos e extensão do infiltrado celular até as vias aéreas distais. A melhora de muitos asmáticos graves alérgicos com uso de omalizumab realça o papel da IgE na doença, mas também o aumento de TNF-?, a redução de mediadores antiinflamatórios e alterações no metabolismo oxidativo contribuem com a inflamação. Existem alterações específicas do epitélio, vasos, músculo liso brônquico e matriz extracelular na asma grave, mas correlações precisas entre o remodelamento brônquico e parâmetros clínicos, hiperresponsividade ou obstrução brônquica não estão definidas. Algumas destas alterações estruturais também estão presentes no pulmão distal, possivelmente contribuindo para a maior gravidade destes pacientes.
Palavras-chave: Asma, patologia, asma grave, inflamação, IgE, remodelamento.

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