Gazeta Médica da Bahia, No 2 (142)

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A Importância do Diagnóstico Precoce na História Natural da Criança com Síndrome de Down

Tiago A. de Oliveira, Diego R. Moura, Thais S. Santana, Carine H. de Araújo, Adriana H. de M. Fontes, Marcele R. Brandão, Rafael F. de Santana, Tarcisio M. Barreto, Glauco Landin, Angelina Xavier Acosta

Resumo


A Síndrome de Down (SD) é causada, em sua maior parte (95%), por uma trissomia livre do cromossomo 21. A idade materna (acima de 35anos) é o principal fator de risco para ocorrência da SD. O acompanhamento das crianças deve ser iniciado ainda no primeiro mês de vida e a equipe deverá discutir com a família a respeito da importância da intervenção precoce, proporcionando uma diminuição das disparidades neuropsicomotoras e social entre estas e as crianças normais. Foi realizada uma revisão bibliográfica e analisados 201 prontuários de pacientes com SD cadastrados no serviço de genética do ambulatório Professor Francisco Magalhães Neto/c-HUPES, com idade entre 2 e 10 anos. Definiu-se como diagnóstico precoce quando ele foi feito antes dos três meses de idade. Evidenciou-se que os pais dos pacientes com SD atendidos nesse ambulatório possuem baixo nível socioeconômico e baixa escolaridade, além de metade das mães ter entre 21 e 36 anos. A maior parte das crianças é procedente da capital e há uma leve predominância do sexo masculino. A procedência da capital e pais com nível socioeconômico e cultural mais alto estão associados a uma maior freqüência de diagnóstico precoce, o que se mostrou estar relacionado a um menor risco de morbi-mortalidade e melhor desenvolvimento neuropsicomotor. O diagnóstico precoce possibilita a criança com SD a ingressar mais cedo em um programa multiprofissional, que vai promover a saúde e desenvolvimento, melhorando sua qualidade de vida.
Palavras-chave: Síndrome de Down, desenvolvimento neuropsicomotor, intervenção precoce, qualidade de vida.

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